Luta firme na <i>Sisáqua</i>
Os trabalhadores da ETAR de Ribeira de Moinhos, em Sines, mantêm a greve iniciada a 6 de Fevereiro, com solidariedade da população e sem acção do Governo e da Águas de Santo André, dona da estação.
A greve completa hoje um mês e meio
Para amanhã, Sexta-feira Santa, está marcado um plenário de trabalhadores, que terá a participação do coordenador do Sinquifa/CGTP-IN, e deverá analisar o desenvolvimento futuro da luta por melhores salários, equiparados aos que são pagos a operários com idênticas funções e qualificações noutras empresas da região, como a Águas de Santo André ou a Repsol. As diferenças chegam quase aos mil euros, como tem referido Daniel Silvério, trabalhador da ETAR e dirigente do Sindicato da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas.
Na última reunião com os representantes sindicais, a administração da concessionária da ETAR, a Sisáqua, manteve, no essencial, as suas posições nesta matéria, adiantando que irá proceder a aumentos salariais para todo o seu pessoal, em Março, mas sem informar os valores e sem assumir um compromisso quanto às baixas remunerações praticadas na Ribeira dos Moinhos.
Já terá sido mais clara a aceitação da reivindicação de passar a ter dois operadores por turno, em vez de apenas um. E, por surpreendente que possa parecer, os representantes da empresa admitiram que, com esta medida, haverá menos trabalho suplementar, o que poderá gerar uma poupança que a Sisáqua pensará redistribuir em eventuais ganhos salariais dos trabalhadores. «Se isto é assim, por que não tomaram já esta decisão há mais tempo», interroga-se Delfim Mendes. Ao Avante! o coordenador do sindicato revelou ainda que foi igualmente aceite o aumento do subsídio de transporte e terá ficado um compromisso de empreender, nos próximos seis meses, medidas para corrigir as graves deficiências apontadas em matéria de higiene e segurança no trabalho.
Com os trabalhadores em greve, a Sisáqua recorreu a empresas de trabalho temporário para realizarem o serviço. Perante esta ilegalidade, o Sinquifa alertou a inspecção. «A Autoridade para as Condições de Trabalho já lá foi duas ou três vezes, mas ainda não sabemos de nenhum resultado dessas visitas», protestou o dirigente sindical.
Os trabalhadores revelaram ainda que, na passada sexta-feira, ocorreu na ETAR «mais um derrame de lamas oleosas», criticando o Ministério do Ambiente por não se mostrar preocupado em prevenir estes danos ambientais. Estas críticas tinham sido feitas também, ainda na quarta-feira, dia 12, pelos presidentes das câmaras de Sines e Santiago do Cacém.
A administração da Águas de Santo André - empresa integrada no grupo Águas de Portugal, alimentado por dinheiros públicos - já reafirmou que exclui qualquer possibilidade de intervenção, nomeadamente, como reivindicaram os trabalhadores e o sindicato, rescindir o contrato de concessão e assumir a exploração da ETAR e a contratação do pessoal ao serviço nesta.
Na última reunião com os representantes sindicais, a administração da concessionária da ETAR, a Sisáqua, manteve, no essencial, as suas posições nesta matéria, adiantando que irá proceder a aumentos salariais para todo o seu pessoal, em Março, mas sem informar os valores e sem assumir um compromisso quanto às baixas remunerações praticadas na Ribeira dos Moinhos.
Já terá sido mais clara a aceitação da reivindicação de passar a ter dois operadores por turno, em vez de apenas um. E, por surpreendente que possa parecer, os representantes da empresa admitiram que, com esta medida, haverá menos trabalho suplementar, o que poderá gerar uma poupança que a Sisáqua pensará redistribuir em eventuais ganhos salariais dos trabalhadores. «Se isto é assim, por que não tomaram já esta decisão há mais tempo», interroga-se Delfim Mendes. Ao Avante! o coordenador do sindicato revelou ainda que foi igualmente aceite o aumento do subsídio de transporte e terá ficado um compromisso de empreender, nos próximos seis meses, medidas para corrigir as graves deficiências apontadas em matéria de higiene e segurança no trabalho.
Com os trabalhadores em greve, a Sisáqua recorreu a empresas de trabalho temporário para realizarem o serviço. Perante esta ilegalidade, o Sinquifa alertou a inspecção. «A Autoridade para as Condições de Trabalho já lá foi duas ou três vezes, mas ainda não sabemos de nenhum resultado dessas visitas», protestou o dirigente sindical.
Os trabalhadores revelaram ainda que, na passada sexta-feira, ocorreu na ETAR «mais um derrame de lamas oleosas», criticando o Ministério do Ambiente por não se mostrar preocupado em prevenir estes danos ambientais. Estas críticas tinham sido feitas também, ainda na quarta-feira, dia 12, pelos presidentes das câmaras de Sines e Santiago do Cacém.
A administração da Águas de Santo André - empresa integrada no grupo Águas de Portugal, alimentado por dinheiros públicos - já reafirmou que exclui qualquer possibilidade de intervenção, nomeadamente, como reivindicaram os trabalhadores e o sindicato, rescindir o contrato de concessão e assumir a exploração da ETAR e a contratação do pessoal ao serviço nesta.